Vício em apostas vira problema em empresas
Ex-presidente do CSA, Rafael Tenório alertou sobre a prática entre funcionários da sua empresa. Doença é reconhecida pela OMS. Consultor financeiro alerta para os riscos que as apostas apresentam para o orçamento.
Todo mundo conta com a sorte, seja para as coisas corriqueiras do dia-a-dia ou para sorte em prêmios. E para realizar o sonho de se tornar milionário, as pessoas recorrem a loterias, bolões, apostas esportivas e jogos online. Um empresário alagoano fez um alerta para o vício: funcionários estão deixando de pagar contas básicas para investir em apostas online e acabam no vermelho no fim do mês.
Mas o que acontece quando a busca pela sorte ultrapassa os limites e passa a prejudicar a vida dos apostadores no âmbito pessoal e até no profissional? A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a Ludopatia como um transtorno que afeta as pessoas que jogam compulsivamente.
A psiquiatra Suzzana Bernardes explica como o vício em jogos funciona.
"A dependência de jogos funciona semelhante à uma dependência química, é uma busca de um prazer imediato em detrimento das consequências ruins. Uma pessoa que tem o jogo patológico, que é assim que a gente chama, apresenta sintomas de abstinência, pensa com muita frequência nos jogos. No caso do jogo especificamente, ela tem sempre um pensamento de que vai ganhar no próximo e cobrir o prejuízo que teve anteriormente, e esse buraco, essa dívida, só aumenta".
Em Alagoas, diversos setores da sociedade estão preocupados com o vício em jogos e apostas online. É o caso do empresário Rafael Tenório, que é também senador suplente por Alagoas e ex-presidente do Centro Sportivo Alagoano (CSA).
Um vídeo gravado por ele viralizou nas redes sociais após ele compartilhar o drama de ver vários funcionários afetados pelos jogos de aposta (confira o vídeo abaixo).